segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cada dia é diferente

Por mais que estudemos a teoria e que de fato tenhamos a prática de observar crianças e discutir textos sobre o tema da brincadeira, ainda podemos nos surpreender com as particularidades de cada dia de observação. Até agora os grupos que foram à brinquedoteca não se repetiram no todo. Algumas crianças foram mais de uma vez, mas o grupo tem sido sempre diferente, variado. Isso tem sido interessante, pois podemos ver como cada um individualmente se comporta e como cada grupo em particular também se comporta. Hoje por exemplo, as crianças tinham entre 2 e 6 anos (três meninas e dois meninos), sendo que somente uma das meninas, que já conhece o espaço da brinquedoteca tem seis anos. As demais, possuiam 3 anos em média. Todos os grupos foram formados por cinco crianças no total e esse tem parecido um número suficiente para verificar o comportamento dos pequenos no espaço disponível sem dificultar a observação feita por nós. O grupinho de hoje chegou meio desconfiado, quieto e de certo modo "se comportaram" em relação às duas últimas visitas. Dessa vez demoraram para derrubar os brinquedos no chão, algo que fizeram sem cerimônia das outras vezes, mas que no finalzinho da sessão pode ser observado.

Algo que me chamou a atenção foi a dificuldade em identificar brincadeiras de faz de conta, algo que saltou aos olhos na sessão da semana passada. Não dá pra afirmar que não houve, visto que as vezes a criança brinca quietinha e fala baixo, sem dar sinais sobre o que está brincando de fato, mas dessa vez se houve, nao foi explícito. A menina mais velha brincou durante muito tempo sozinha, num fogãozinho de brinquedo (faz de conta ou manipulação de objetos?), sendo que as outras crianças também  aproximavam-se dela em muitos momentos. Não parece haver uma clara segregação de gênero ou tipificação das brincadeiras, mas o menino de 2 anos brincou por mais tempo com carinhos do que com utensílios diversos. De qualquer modo, o que pude perceber também, não somente hoje como nos outros dias de observação no laboratório, é que os meninos brincam com casinhas e com bonecas, alguns são mais ativos e outros menos, mas no geral se contaminam com a "liberdade" que tem nesse lugar diferente, onde os brinquedos são variados e estão ao seu alcance. Não tem um adulto que escolha do que eles irão brincar ou que lhes digam que essa brincadeira ou aquele brinquedo são "de menina" ou "de menino".

Mais uma coisa interessante é o jeito desconsolado que algumas crianças ficam, e isso se repete desde o primeiro dia, quando é anunciado que devemos brincar de guardar os brinquedos. Sempre tem uma frase do tipo: "mas eu quero brincar mais", ou então "a gente vem de novo?", que nos deixa um pouco desconsertados... Mesmo assim, me surpreende a disciplina que eles tem na hora de arrumar os brinquedos, mesmo a contra gosto, pois todos, ou a maioria, param de brincar e ajudam na arrumação da sala, deixando tudo no lugar! É muito lindo!!!

A partir de agora teremos mais trabalho pela frente, buscando categorizar os dados coletados ao longo do semestre e tentando identificar aquilo que mais se destacou durante esse período. Vamos nessa!

Saudade desde já

Muito bom observar o primeiro contato deles com a brinquedoteca, essa foi a terceira vez que eles estiveram lá, mas a três vezes foram com crianças diferentes...Então cada experiência tem sua particularidade, observei que as crianças de hoje, estavam mais encantadas, não sei se foi impressão minha, mas achei que eles exploraram mais o local, mecheram em tudoooo, não ficaram em um só brinquedo, sempre aparecia outro mais legal, acheii muito interessante quando um deles jogaram todos os brinquedos da caixa no chão, automaticamente todos gritaram "ÊÊÊÊÊÊ", isso aconteceu umas duas vezes, atitudes como essa mostra o quanto eles se sentem a vontade ali, apesar de ser um lugar desconhecido. Hoje eu estava bem destraida, meu registro ficou bem pobrezinho, minha vontade era de ficar ali só olhando e não fazer mais nada, confesso que já sinto falta...agora só semestre que vem!!!

domingo, 16 de maio de 2010

Os últimos dois encontros, pra mim, foram os melhores de todo o semestre. Estar com as crianças na brinquedoteca foi animador. No primeiro dia na brinquedoteca, eu acabei ficando na sala de espelho com as crianças. Elas estavam bastante animadas na ida, e quando entraram na sala ficaram loucas, mais uma vez me veio na cabeça a diferença de comportamento na creche, como elas parecem estarem privadas de algumas coisas. Elas pareciam aproveitar cada minutinho que tinham ali. Um dos fatos que me chamou mais a atenção é a divisão nitida dos gêneros, as meninas com trabalho 'caseiros' e os meninos na bagunça, a menina mais nova era mais quieta e estava mais brincando de montar e desmontar as coisas. Eu fiquei meio sem saber como agir, pois era a primeira vez e foi tudo muito novo pra mim!

Na segunda passada eu fiquei na apenas observando, e achei meio engraçada a situação, nunca tinha imaginado como era obsevar pela sala de espelho, e posso dizer que gostei. rs
As criança, apesar de não terem sido as mesmas da semana passada, agiram da mesma forma. gastando todo o tempo que tinham brincando. Percebi que Nina, ficou meio sem ação, da mesma forma que eu tinha ficado. As crianças estavam euforicas e um fato me chamou bastante atenção, um certo menino com certas brincadeira que fogem do padrão que estavamos acostumados, algo em relação a genero (assunto que me interessa). Tenho achado as observações da brinquedoteca muito mais produtivas do que as na creche.

bom, amanhã tem mais... rs

até.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Particularidades

Bem, ontem foi mais um dia de observação na brinquedoteca. Dessa vez foram quatro meninos e somente uma menina (não tenho certeza se foi a mesma menina da outra vez). Os meninos eram todos pequeninos com idades entre 2 e 4 anos, mas pareceram bastante a vontade num lugar novo, desconhecido. A princípio o menorzinho deles, 2 anos, esaiou um choro e procurou conforto no colo de Nina, nossa infiltrada da semana... Não demorou muito para ele se ambientar e passar a brincar com os colegas. Dessa vez perdi alguns momentos, principalmente no começo da observação. Algumas crianças precisaram ir ao banheiro e eu tive que deixar a sala de espelho para levá-las até lá. Dessa vez teve muito faz de conta com envolvimento constante dos meninos numa brincadeira que me parece (corrijam se eu estiver enganada) foi iniciada pela menina, única do grupo e também a mais velha, e tipicamente feminina, poir brincavam de casinha. Em uma das falas ela tratava dois dos meninos como "filhos", como no exemplo de uma das falas "Meu filho traga minha cerveja" no papel de comando. Em certo momento um dos meninos lavantou o braço e disse: "Eu sou o pai viu?" e talvez na tentativa de não deixar dúvidas sobre o papel que gostaria de assimir, dirigindo-se sempre à menina (por isso a impressão de que ela comandava a brincadeira) na intenção de contar com o seu consentimento, repetiu mais uma vez "Sou o pai, quero ser o pai!". Um dos meninos, com um chupeta na boca, brincou com um brinquedo semelhante ao que é normalmente disponibilizado para eles na creche (peças plásticas de encaixar), além de outras brincadeiras como correr e imitar. Um outro menino, que nao estava brincando de casinha, brincou prioritariamente de carrinho, empurrando o brinquedo durante boa parte do tempo, mas também interagiu com as outras crianças. Os meninos em geral, brincaram na "feirinha" e no "fogão", brinquedos típicos do gênero masculino.

Enfim, no geral as atividades foram diversas e diferentes daquelas observadas na última experiência no laboratório. Acho que essa é a graça do nosso trabalho, algo inesperado dentro daquilo que é esperado... Dessa vez não fiz o registro cursivo para que pudesse fazer um registro fotográfico. Creio que essas estratégias enriquecem o nosso trabalho e dão vida ao que relatamos aqui e nos registros através de palavas.

Não precisa dizer que adorei!!! Semana que vem tem mais!!! Até lá!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cada dia uma experiência!

Com certeza cada dia será uma nova experiência, percebi o quanto é difícil estar ali com as crianças do outro lado, eu não sabia o que fazer, quando me manifestar, fora a vontade de estar ali participando das brincadeiras, achei muito fofo, quando eles chegaram e mais novinho não quis brincar, estranhou o lugar, alguns deles automaticamente foram chamar ele para brincar, eu percebia a atenção, o carinho. É lindo como de cara eles se identificam com o lugar, também não teria como não identificar, qual criança não gostaria de estar em uma sala cheia de brinquedos???
Como eu os trouxe as duas vezes da creche para a faculdade, não pude deixar de observar como eles são curiosos e o quanto pequenas coisas os divertem, por exemplo Kailana disse que nunca tinha andado de elevador e pelo visto ela gostou...
Engraçado como eles sempre arrumam um jeitinho de ficar ali por mais tempo e geralmente é enrolando na hora de arrumar os brinquedos...A cada dia isso se torna ainda mais mágico!!!!
Energia pura!!!!!!!

Benvinda Mab!!!!! Sentiu o que nós sentimos? Rsrsrsrs é muito show ver esses garotos brincando, totalmente energético. Acho que isso nunca me cansa. Ainda fico tentando observar todos, mesmo quando escolho uma criança e isso as vzs me deixa um pouco doida. Sempre é diferente, mas uma coisa que percebi foi que a maioria que esteve na brinquedoteca queria ficar "para sempre", como costumava dizer minha filha. Foi muito engraçado o silencio que se fez quando Nina sugeriu brincar de guardar os brinquedos.
Também percebi (como Mab) que quando um deles faz algo que parece divertido aos outros, esse comportamento é imitado imediatamente. É algo assim como - ...se vc está se divertindo eu também quero.
Fiquei preocupada com a demora do transporte, que já deveria estar lá na porta quando descemos. Os meninos tocaram terror na recepção. Até aí nada de mais, o problema é o medo de um deles escapar para a rua. A responsabilidade é nossa e os filhos dos outros, então sugiro que o transporte espere pelas crianças e não o contrario.
Abraço imenso e bj coletivo (emprestado de Mab rsrs)
Surpreendente!!! Eu não esperava que pudessemos observar uma criança tão a fundo e ainda assim conseguir ver a influência que o contexto tem. Foi a minha primeira vez, ainda preciso aprender como realmente é feita a observação, mas acho que deu pra saber um pouco através das reuniões. Agitadissimos e queriam aproveitar ao máximo o tempo que eles estavam ali. Ainda não posso fazer comparações com o ambiente da creche, mas pelo visto é beeeem diferente...mais espontâneo ((na brinquedoteca)). "Somos produto do meio" e com as crianças isso é muito mais aparente. Quando Nina chama pra arrumar as coisas, eles n querem, os que estão arrumando veem os outros continuarem a brincar e param de arrumar também, isso me intrigou ((imitação))...exatamente quando um se joga na "almofada" o outro repete do mesmo jeito.
Dei muiiiiiiiita risada...ainda não me acostumei ((risos)).

Enfim...adorei a minha primeira vez :D.
Hoje não consegui registrar os dados muito bem, não sei qual foi o motivo... Mas o que eu pude observar é que o comportamento das crianças fora da creche é muito diferente,foi como eu imaginei,que elas ficariam mais livres e brincassem mais naturalmente sem a intervenção de um adulto nas suas brincadeiras,foi muito legal esta experiência de hoje.

domingo, 9 de maio de 2010

Progredindo

Bem, essa semana foi um pouco diferente do que vinhamos fazendo. Até agora tinhamos discutido textos, planejado atividades, discutido impressões, trocado experiências e observado as crianças brincando. Dessa vez, achei oportuno nos reunirmos para dar início à categorização dos dados, algo que os meninos ainda não tinham entrado em contato. Acho que eles perceberam que é um pouco trabalhoso, mas me pareceu que a experiência foi boa. Pelo menos pudemos encontrar pontos em comum nas observações e eu pude perceber mais um avanço nas habilidades dos estudantes que participam desse grupo.

Foi um dia para planejarmos o último mês de atividades e pensarmos em como fazer um balanço do semestre e principalmente das atividades. Pensar no que faremos com esses dados também é algo que me ocorre. Uma boa sugestão é escrevermos relatórios e tornarmos isso um relato de experiência para apresentarmos na própria faculdade e depois em outros eventos.

É verdade...

E eu pensava que para categorizar os tipos de brincadeiras era fácil, mais é bem complicado, por que não sabemos ao certo se o que a criança esta fazendo é de fato uma brincadeira ou não,e se é de caráter lúdico ou não...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Finalmente

Finalmente!!!! Já fazia algumas semanas que não nos reuníamos, hoje foi planejado ir para creche, mas Sabrina não conseguiu falar com Marina, então nos encontramos na faculdade mesmo,discutimos observações e fizemos a categorização dos dois primeiros registros de observação, que aconteceu na creche.Percebi o quanto é importante registrar os detalhes, registrar exatamente o que eles estão fazendo, senti um pouco de dificuldade para categorizar as brincadeiras do primeiro registro, visto que ainda não sabia exatamente o que anotar e como anotar, o segundo como estava mais detalhado ficou mais fácil. Já programamos os próximos encontros e segunda provavelmente encontraremos com os pequenos novamente...Beijos!!!