terça-feira, 11 de maio de 2010

Particularidades

Bem, ontem foi mais um dia de observação na brinquedoteca. Dessa vez foram quatro meninos e somente uma menina (não tenho certeza se foi a mesma menina da outra vez). Os meninos eram todos pequeninos com idades entre 2 e 4 anos, mas pareceram bastante a vontade num lugar novo, desconhecido. A princípio o menorzinho deles, 2 anos, esaiou um choro e procurou conforto no colo de Nina, nossa infiltrada da semana... Não demorou muito para ele se ambientar e passar a brincar com os colegas. Dessa vez perdi alguns momentos, principalmente no começo da observação. Algumas crianças precisaram ir ao banheiro e eu tive que deixar a sala de espelho para levá-las até lá. Dessa vez teve muito faz de conta com envolvimento constante dos meninos numa brincadeira que me parece (corrijam se eu estiver enganada) foi iniciada pela menina, única do grupo e também a mais velha, e tipicamente feminina, poir brincavam de casinha. Em uma das falas ela tratava dois dos meninos como "filhos", como no exemplo de uma das falas "Meu filho traga minha cerveja" no papel de comando. Em certo momento um dos meninos lavantou o braço e disse: "Eu sou o pai viu?" e talvez na tentativa de não deixar dúvidas sobre o papel que gostaria de assimir, dirigindo-se sempre à menina (por isso a impressão de que ela comandava a brincadeira) na intenção de contar com o seu consentimento, repetiu mais uma vez "Sou o pai, quero ser o pai!". Um dos meninos, com um chupeta na boca, brincou com um brinquedo semelhante ao que é normalmente disponibilizado para eles na creche (peças plásticas de encaixar), além de outras brincadeiras como correr e imitar. Um outro menino, que nao estava brincando de casinha, brincou prioritariamente de carrinho, empurrando o brinquedo durante boa parte do tempo, mas também interagiu com as outras crianças. Os meninos em geral, brincaram na "feirinha" e no "fogão", brinquedos típicos do gênero masculino.

Enfim, no geral as atividades foram diversas e diferentes daquelas observadas na última experiência no laboratório. Acho que essa é a graça do nosso trabalho, algo inesperado dentro daquilo que é esperado... Dessa vez não fiz o registro cursivo para que pudesse fazer um registro fotográfico. Creio que essas estratégias enriquecem o nosso trabalho e dão vida ao que relatamos aqui e nos registros através de palavas.

Não precisa dizer que adorei!!! Semana que vem tem mais!!! Até lá!

Um comentário:

  1. Eu não conseguia ouvir muito bem o que eles falavam, como o comentário da menina por exemplo. Ansiosíssima pra chegar segunda e fazer uma observação "inesperada do esperado" rs. Beeeeeeeijo coletivo x)

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